Hoje foi dia de consulta com a nutricionista. Pesinho eliminado e elogios recebidos.
Levei o resultado de uma bateria de exames que ela havia me pedido e graças a Deus tudo OK.
Mais um montão de dicas pra eu continuar firme, porque a direção tá certa. 

Só que hoje, apesar de satisfeita com a minha consulta, não estou bem.
Passei o dia com cólica e dor de cabeça.
Cheguei em casa desanimada. Não com a R.A... comigo mesma, talvez.
Não descontei esse mal estar na comida. Continuo firme e forte com minha saladinha e meu bife grelhado no jantar.
É que a vida não se resume a uma alimentação equilibrada e exercícios.
Não sei... quando penso na minha maior motivação, que é a gravidez, sinto uma tal insegurança. 
Uma MEGA insegurança. 
Nunca senti isso. Mas hoje estou sentindo.
Quando é a hora certa? Existe a hora certa? 
Hora certa pra quem? 

"Há certas horas, em que não precisamos de um amor. 

Não precisamos da paixão desmedida. 

Não queremos beijo na boca. 

E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama. 

Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, 

o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado. 

Sem nada dizer. Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, 

que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, 

a brincar com a gente, a nos fazer sorrir. 

Alguém que ria de nossas piadas sem graça. 

Que ache nossas tristezas as maiores do mundo. 

Que nos teça elogios sem fim. 

E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade inquestionável. 

Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado. 

que nos possa dizer: acho que você está errado, mas estou do seu lado. 

Ou alguém que apenas diga: sou seu amor, e estou aqui!" 

William Shakespeare